Pensionistas: subsídios, duodécimos e outras complicações
Os aposentados cuja pensão mensal seja igual ou superior a 600 euros e não exceda o valor de 1100 euros ficam sujeitos a uma redução no subsídio de férias, segundo o cálculo: subsídio = 1188 ¿ 0,98 × pensão mensal. Já os pensionistas que recebam mais de 1100 euros receberão um corte de 90% no subsídio.
No caso do subsídio de Natal também haverá lugar a pagamento por duodécimos, como no caso dos funcionários públicos, com a mesma justificação: atenuar o «enorme» aumento de impostos, que afeta público, privado, reformados e pensionistas.
Mas os que recebem pensões inferiores a 600 euros por mês terão direito ao subsídio de Natal, por inteiro, e de uma só vez. A medida abrange cerca de 2,5 milhões de pensionistas e, segundo o ministro da Segurança Social, explica-se porque no caso das pensões baixas - e que não sofrerão agravamento da carga fiscal - não faz sentido dividir o pagamento dos subsídios.
Os que têm pensões acima deste valor, recebem em duodécimos, mas a diluição e os cortes só serão aplicados a partir de fevereiro. Isto porque as reformas que são pagas em janeiro já estão a ser processadas pelos serviços. Em janeiro, os pensionistas recebem a reforma sem os novos cortes, sem o aumento de impostos e também sem o pagamento do duodécimo do subsídio de Natal. Como as medidas entram em vigor em janeiro, os pensionistas só vão sentir os cortes em fevereiro, e com retroativos.
Para os que ganham menos, há lugar a uma mini-boa notícia: as pensões mínimas sobem 1,1%.
Para os que ganham acima de 1350 euros, há más notícias, muito más: a contribuição de solidariedade vai subindo até se tornar em «super-solidária»: as pensões acima dos 1350 € perdem 3,5% (a mesma penalização dos funcionários públicos); entre os 1800 e os 3750 €, o corte será gradual entre os 3% e os 10%. Acima dos 3750 €, o corte chegará aos 10%.
fonte:http://www.agenciafinanceira.iol.pt