Segurança Social perdeu 11 mil reformados em 2014
Entre janeiro e dezembro de 2014 o Centro Nacional de Pensões perdeu mais de 11 mil pensionistas por velhice. A redução é inédita e deve-se sobretudo ao efeito do congelamento das reformas antecipadas. Causas naturais, subida da idade da reforma, agravamento do fator de sustentabilidade e prolongamento da vida ativa ajudam a explicar esta descida.
Recuemos a janeiro de 2001 (data mais antiga para a qual existem dados mensais sobre os pensionistas). Nessa altura, a Segurança Social registava o pagamento de 1 515 602 reformas por velhice. De então para cá o número foi sempre aumentando, até que conheceu uma inversão no início do ano passado.
A Segurança Social iniciou o ano com um universo de 2,018 milhões de reformados, mas no mês seguinte já processava pensões a menos cerca de 3 mil beneficiários, número que foi sempre descendo até chegar a dezembro com 2,007 milhões de pessoas. A redução surpreende o economista Eugénio Rosa, mas tem várias explicações. Desde logo o congelamento das reformas antecipadas. Em 2011 passaram à reforma antecipada 40 767 pessoas. No ano passado foram apenas 8737, segundo indicam os números facultados ao Dinheiro Vivo pelo Ministério da Segurança Social.
Eugénio Rosa admite que o prolongamento da vida ativa também esteja a contribuir para esta redução. É que quem se reforma depois da idade legal consegue aumentar em 1% o valor da sua reforma por cada mês a mais de trabalho. O incentivo é apetecível, ainda que tenha limites
A subida da idade da reforma dos 65 para os 66 anos. - medida que entrou em vigor em 2014 - também terá ajudado a reduzir o número de novas entradas na reforma, contribuindo para o resultado final.
fonte:http://www.dinheirovivo.pt/e